Cruzeiro busca penta, e Mano almeja título inédito do Campeonato Brasileiro

Enquanto o Cruzeiro sonha com a quinta conquista do Campeonato Brasileiro, o técnico Mano Menezes vai em busca do título inédito na carreira. Sua melhor participação na elite nacional foi pelo Grêmio, em 2006, quando conseguiu a terceira colocação, com 67 pontos. Em 2014, o treinador esteve à frente do Corinthians, que até somou mais pontos (69), porém ficou na quarta posição.

Um fator que pode contribuir para boa campanha do Cruzeiro em 2019 é a longevidade de Mano Menezes à frente do elenco. Já se passaram 1.005 dias desde o início de sua segunda passagem pela Toca da Raposa, em 26 de julho de 2016. Os frutos da sequência de trabalho foram os títulos da Copa do Brasil (2017 e 2018) e do Campeonato Mineiro (2018 e 2019).

“Fui muito feliz nesses 1.000 dias aqui no Cruzeiro. São quatro conquistas. Completar 1.000 dias já é uma exceção. Mas só se completa porque o trabalho conseguiu produzir resultados e convencer as pessoas de que éramos capazes. Todos nós, juntos – treinador, jogadores, direção, Cruzeiro, torcida -, criamos um ambiente favorável para que as coisas se estendam mais”, comentou o treinador.

Mano lembrou da sequência de eliminações em 2017. No domingo, 7 de maio, o Cruzeiro perdeu o jogo de volta da final do Campeonato Mineiro para o Atlético, por 2 a 1, no Independência. Na quarta-feira, dia 10, caiu na primeira fase da Copa Sul-Americana, com derrota nos pênaltis por 3 a 2 para o Nacional do Paraguai. Segundo ele, a diretoria cruzeirense teve bom senso ao não realizar mudanças drásticas em função de dos tropeços nas competições e acabou recompensada com as vitórias posteriores.

“Dificuldade nós temos sempre. Houve uma semana em que perdemos um título mineiro e depois fomos eliminados na Sul-Americana contra o Nacional do Paraguai. Foi uma semana difícil. Aí você olha em volta e vê que os outros têm as mesmas semanas. Mas a diferença está em quem passa por essas semanas difíceis sem destruir tudo que construiu até ali. Senão você fica patinando, dando volta e não evolui. O Cruzeiro teve maturidade de saber entender esses momentos e acreditar também no trabalho. Por isso colhemos os frutos”.

Na avaliação da comissão técnica, o Cruzeiro tem, hoje, um elenco mais equilibrado que os de anos anteriores, de modo que a produtividade seja semelhante independentemente das substituições. São pelo menos “dois titulares” por posição: Fábio/Rafael; Edilson/Orejuela, Dedé/Fabrício Bruno, Leo/Murilo, Egídio/Dodô, Henrique/Lucas Silva, Lucas Romero/Ariel Cabral, Robinho/Rafinha, Thiago Neves/Rodriguinho, Marquinhos Gabriel/Pedro Rocha e Fred/Sassá. Ainda restam Jadson, David e Raniel, frequentemente utilizados na equipe.

“Muitas vezes no ano passado nós tivemos que abrir mão praticamente de alguns jogos, porque tinha que ser assim. Estávamos jogando outros jogos decisivos de Libertadores, jogos decisivos da Copa do Brasil. O que a gente pensa que fez melhor para este ano foi qualificar o nosso elenco a ponto de não precisar abrir mão de determinados jogos, em detrimento de outros. Tem um grupo, um elenco mais qualificado, jogadores que realmente possam entrar e render tão bem quanto os outros que estão saindo. Na verdade isso não é um aprendizado, isso é uma montagem de trabalho. Isso é um trabalho a longo prazo que permitiu que o Cruzeiro se qualificasse mais, mantendo jogadores importantes e acrescentando novos jogadores a esse grupo. É aí que nós esperamos estar melhores neste ano”, avaliou Mano Menezes.

No ranking de títulos do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro divide a sexta colocação com Vasco e Fluminense. Cada um ganhou a competição quatro vezes. Acima desses clubes estão Flamengo (5), São Paulo (6), Corinthians (7), Santos (8) e Palmeiras (10). Abaixo aparecem Internacional (3); Grêmio, Botafogo e Bahia (2); Atlético, Guarani, Athletico-PR, Coritiba e Sport (1). A lista contempla todos os campeões desde 1959.

1.443 jogos

629 vitórias

388 empates

426 derrotas

2.104 gols marcados

1.632 gols sofridos

628 jogos

286 vitórias

136 empates

206 derrotas

951 gols marcados

772 gols sofridos

1966 (mata-mata)

8 jogos

7 vitórias

1 empate

25 gols marcados

7 gols sofridos

2003 – 100 pontos

46 jogos

31 vitórias

7 empates

8 derrotas

102 gols marcados

47 sofridos

2013 – 76 pontos

38 jogos

23 vitórias

7 empates

8 derrotas

77 gols marcados

37 gols sofridos

2014 – 80 pontos

38 jogos

24 vitórias

8 empates

6 derrotas

67 gols marcados

38 gols sofridos

MAIORES ARTILHEIROS

Dirceu Lopes – 58

Marcelo Ramos – 45

Palhinha – 43

Tostão – 43

Fábio Júnior – 39

Nelinho – 35

Wellington Paulista – 33

Joãozinho – 32

Alex – 31

Alex Alves – 28

Guilherme – 28

Fred – 27

Roberto César – 27

Alecsandro – 26

Ricardo Goulart – 25