Candeias: Caso do assassinato do artista plástico é transferido para Auditoria Militar
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) transferiu o caso dos policiais militares envolvidos na ação que acabou na morte do artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos, 61 anos, conhecido como Nadinho, para a Vara da Auditoria Militar do Estado. As informações foram publicadas pelo G1.
De acordo com a Justiça baiana, os três policiais, Edvaldo Nunes, Leandro Xavier e Dinalvo dos Santos, foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio doloso. Mas, no decorrer do processo, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) entendeu que não houve dolo (intenção de matar) na ação, o que fez com que o caso fosse transferido para a Justiça Militar. A decisão de mudar classificação do crime saiu no dia 9 de junho.
Nadinho foi morto em ação da Polícia Militar no dia 21 de abril do ano passado, dentro da casa onde morava e que usava como ateliê, em Candeias. Os PMs chegaram ao local e atiraram contra ele duas vezes. Ele foi atingido no braço e no peito.
A versão dos policiais é de que o artista teria disparado duas vezes contra os PMs, mas a arma teria falhado. Os policiais, então, dispararam contra ele, que não resistiu aos ferimentos e morreu. A família do artista contesta e diz que Nadinho não tinha arma e que era uma pessoa de bem.
Os três PMs, segundo a corporação, foram afastados das atividades na rua, mas ainda continuam com funções administrativas.