Procurado por homicídio na Bahia é preso por tráfico em Mongaguá

Vitor Andrade de Jesus foi preso com 5 kg de maconha e um RG falso no sábado (11)

Procurado pela Justiça da Bahia por homicídio e acusado de ser um dos líderes do tráfico de drogas do município de Aguaí, a 497 quilômetros de Salvador, Vitor Andrade de Jesus, de 22 anos, foi preso sábado (11) com 5 kg de maconha e um RG falso em Mongaguá, no Litoral Sul de São Paulo. Ele saiu daquele estado devido à guerra entre facções criminosas.

Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite da Polícia Militar paulista, recebeu informação de que um procurado da Justiça baiana se escondia em uma casa na Avenida Senador Feijó, no Jardim Santana, e utilizava um Corsa prata para transportar entorpecentes. O carro estava no endereço indicado e os policiais chamaram pelo morador.

Vitor atendeu os PMs e se apresentou como “Ítalo Barreto Ribeiro”, exibindo o RG falso. Após cair em algumas contradições, ele revelou o verdadeiro nome e disse que comprou o documento de um desconhecido em São Paulo, pagando R$ 500. Com a real identidade descoberta, admitiu a sua condição de procurado.

Debaixo do assento do banco traseiro do Corsa foram encontrados cinco tabletes de maconha. Vitor declarou que a droga seria comercializada em Mongaguá. Conduzido à delegacia do município, ele foi autuado em flagrante pelo delegado Francisco Wenceslau pelos delitos de tráfico, uso de documento falso e integrar organização criminosa.

“Essa importante prisão foi possível à integração das polícias Civil e Militar dos estados de São Paulo e da Bahia, com o compartilhamento de informações. Desse modo, chegamos ao local onde o procurado da Bahia se refugiava. O celular dele foi apreendido, será periciado e os dados descobertos poderão ajudar na apuração de mais crimes e comparsas”, disse o tenente Fábio Beliziário, da Rota.

Acusado foi preso com 5 kg de maconha em Mongaguá (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Guerra de facções

Vitor integra o Primeiro Comando da Capital (PCC), que se aliou ao Bonde do Maluco (BDM) em Iguaí para ter a hegemonia do tráfico de drogas, informaram fontes baianas. Segundo elas, na disputa pelo controle da atividade criminosa, as facções entraram em rota de colisão com a Raio A – criada dentro do presídio de Itabuna e que estendeu os seus tentáculos para outras cidades da Bahia.

A Raio A não está isolada nessa guerra. Ela conta com a parceria da facção carioca Comando Vermelho (CV), que busca ampliar o seu poderio além do Rio de Janeiro. O mandado de prisão por homicídio de Vitor foi expedido pelo juiz Fernando Marcos Pereira, em 16 de outubro de 2018. O rapaz é acusado de mais crimes em Iguaí. Não há previsão para ele ser removido à Bahia, porque agora responde por crimes em São Paulo.

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