Conheça o novo ministro da saúde que vai comandar a crise do Coronavírus
Formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Nelson Teich foi consultor informal para a área de saúde na equipe do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018. Fundador e presidente do grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), ele também assessorou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, de setembro de 2019 a janeiro de 2020.
Em outro trecho da publicação, Teich diz que o isolamento vertical, defendido por Bolsonaro e por seus apoiadores, é uma estratégia que “tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema”. “Sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem a partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela Covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa”, escreve.
O oncologista também analisa de que forma o debate sobre a preservação de vida e a preocupação com a economia do país polarizou o processo de elaboração de políticas públicas para combater a crise. Crítico ferrenho das medidas restritivas, Bolsonaro defende o funcionamento das atividades econômicas como uma forma de evitar o colapso da economia.
Para Nelson Teich, porém, o antagonismo criado entre saúde e economia é “desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas. A situação foi conduzida de uma forma inadequada, como se tivéssemos que fazer escolhas entre pessoas e dinheiro, entre pacientes e empresas, entre o bem e o mal”.