Autoescola pode deixar de ser obrigatória para tirar a CNH

Brasília - Proprietários de autoescolas organizam manifestação na Esplanada dos Ministérios contra resolução do Detran que obriga o uso de simuladores em aulas de direção (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Autoescola deixa de ser obrigatória para emissão da CNH, de acordo com Projeto de Lei que chegou a CCJ.

Está em análise pelo Senado Federal o Projeto de Lei 6485/2019 que desobriga a necessidade de aulas em autoescola como exigência para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

De autoria da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), o Projeto de Lei, criado em 2019, foi entregue nesta semana à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O texto propõe que a autoescola não seja mais obrigatória para a realização dos exames práticos e teóricos, com a alegação dos custos cada vez mais elevados para a obtenção da CNH. Em contrapartida, a proposta da senadora também prevê que as provas práticas e teóricas se tornem mais difíceis, para que sejam aprovados apenas quem realmente aprendeu sobre a legislação e direção no trânsito.

Ainda citando os altos custos para a emissão da CNH, o texto conta também com a gratuidade do documento através dos valores arrecadados com o pagamento de multas de trânsito.

Instrutores particulares

O projeto também permite que o cidadão possa contratar instrutores particulares para auxiliar no aprendizado para a obtenção da CNH.

Esses instrutores particulares serão profissionais autônomos que serão credenciados junto ao Detran do seu estado e terão que atender os seguintes requisitos:

  • Ter habilitação na mesma categoria do candidato há pelo menos três anos;
  • Não ter sido penalizado com a suspensão ou cassação da CNH nos últimos cinco anos;
  • Não ter processo em andamento contra si em relação a penalidades de trânsito;
  • Não ter sido condenado nem responder a processo por crime de trânsito.

O Projeto de Lei entrará em análise pela CCJ para análise dos aspectos legais, jurídcos e constitucionais. Se aprovado, seguirá para votação na Câmara dos Deputados.

 

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