Subsecretária de Saúde chama atenção para o desabastecimento de medicamentos em todo país
Não diferente de outros locais do Brasil e também região metropolitana, a exemplo de Camaçari e São Francisco do Conde, o município de Candeias também começa a sentir os efeitos do desabastecimento de medicamentos em seu estoque. Foi o que a subsecretaria de Candeias, Talita Ramalho, revelou em entrevista exclusiva na rádio Baiana FM (89,3), na manhã desta quinta-feira (14).
Medicamentos como Soro Fisiológico e Glicosado, Dipirona Sódica, Loratadina Prednisolona, Amoxilina, Azitromicina, Diclofenaco Sódico, Insulina regular, entre outros, já estão abaixo da linha de segurança do estoque da cidade. “Candeias não chegou ao ponto de não ter os medicamentos, mas não dispomos mais da linha de segurança que é uma quantidade acima do normal para a cidade de Candeias”, explicou.
De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o desabastecimento é fruto de uma conjuntura que engloba diversos fatores como: Descontinuidade de produção de alguns fármacos pela indústria para priorizar medicamentos com maior demanda gerada pela pandemia de covid-19; Disseminação de epidemias, notadamente síndromes respiratórias e doenças virais; Falta de matéria-prima, em decorrência da guerra na Ucrânia e também o lockdown na China, o que impacta diretamente na fabricação do ingrediente farmacêutica ativo, quanto na chegada ao país estoques já adquiridos.
Talita disse ainda que o município conta com diversos parceiros do ramo farmacêutico que estão ajudando a não chegar a fonte zero em Candeias. “Estamos em contato constante com as empresas fornecedoras para garantir o abastecimento das medicações e insumos, buscando evitar qualquer tipo de transtorno à população”, garantiu.
Instabilidade Sistema SUS
Talita também falou do problema que vem ocorrendo no sistema do Ministério da Saúde, após o site do órgão federal sofrer um ataque hacker no final do ano passado. As constantes atualizações, vem provocando instabilidade no sistema de marcação de consultas e exames nos municípios.
A população precisa fazer o cadastro, mas a instabilidade não garante tal procedimento. Isso não inviabiliza que a população tenha acesso aos serviços da saúde, mas os dados ficam defasados e os exames não são concretizados.
“Estamos em contato constante com o DATASUS/Ministério da Saúde, a fim de buscar informações e soluções para os constantes problemas que estamos enfrentando com as quedas quase que diária do Sistema do Cartão SUS, o que tem interferido no serviço prestado à população”, disse Talita explicou ainda que o sistema disponível para emissão do Cartão SUS é de completo domínio do Ministério da Saúde, “e nos contatos realizados, fomos informados de que toda a equipe técnica está trabalhando incessantemente na solução do problema para que o serviço seja normalizado o mais breve possível”, encerrou.