Comunidades de turcos e sírios no Brasil aguardam com aflição notícias de parentes e amigos

No Brasil, as comunidades de turcos e sírios aguardam notícias com aflição.

Abdoul morava em Alepo, uma das cidades mais populosas da Síria. Mas com a guerra civil no país e a ocupação de parte do território pelo grupo terrorista Estado Islâmico, ele veio buscar refúgio no Brasil em 2014. Agora, a região de Alepo foi arrasada pelo terremoto.

“Recebi notícia de um amigo muito próximo também, vivi com ele em Alepo. Recebi notícia do falecimento dele. Essa notícia também me abalou muito”, conta o ativista sírio Abdoul Jarour.

Abdoul também não tem notícias de dois primos: “Infelizmente, até este momento, a gente não recebeu nenhum contato. Pelo celular, sabe? Está fora, dá caixa postal.”

Nesta terça-feira (7), ele conseguiu falar com outro parente que está perto de Alepo e soube que a situação é ainda pior.

“Ele está me contando que tem mais gente da família que também não sabe nenhuma notícia. Nenhuma notícia, infelizmente. De umas 12 pessoas. Quem está em casa, está com medo de sair. Eles não sabem se ficar na rua é mais seguro, lá fora está muito frio. Alimentação zero, situação bem complicada”, diz.

Abdul trabalha em duas entidades que acolhem refugiados e está arrecadando doações e organizando uma viagem para ele e outros voluntários irem ajudar na assistência às vítimas.

Razan Suliman é outra síria que também buscou refúgio no Brasil em 2014. Ela mantém contato com os parentes que moram em Alepo pelas redes sociais. Assim, descobriu que a casa da família foi atingida pelo terremoto. Dois primos dela morreram.

“Eu sei que tem terremoto lá, mas não acreditei que era tão forte, que caiu o prédio em cima deles. Mas quando eu vi os vídeos eu fiquei assim: ‘O que eu vou fazer daqui?’ Fiquei muito chocada. É muito difícil para mim ver isso e que uma parte da minha família está vivendo isso e eu estou vivendo isso de longe, e não consigo fazer nada”, conta

Fonte:g1

 

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