Mortalidade infantil yanomami supera a de Serra Leoa, a pior do mundo.
A taxa é superior à registrada em Serra Leoa, país na África que tem o maior índice do mundo, segundo ranking da ONU. Lá a estimativa é de 78,2 mortes a cada mil nascimentos por ano .
Segundo o documento da Saúde, as principais causas para a elevada taxa foram: Doenças preveníveis; Falta de acompanhamento pré-natal pelas mães; Falta de assistência médica e remoção aos indígenas; Desnutrição materna e infantil; Em 2020, morreram 126 bebês antes de completarem um ano.
Somente entre 2018 e 2022 foram registrados 505 óbitos em menores de um ano de idade, ainda sem os dados finais dos últimos dois anos. A taxa, apesar de elevadíssima, ainda deve estar subnotificada, já que existem áreas yanomamis que ficaram desassistidas porque foram tomadas por garimpeiros. Segundo o Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena), pelo menos cinco das 78 unidades no território yanomami foram desativadas por esse motivo. Cada polo de saúde monitorava dezenas de aldeias. Se você desativar, as pessoas podem estar morrendo e a gente não consegue saber porque não há o registroRenan Sotto Mayor, defensor público federal que visitou a Terra
Fonte:UOL noticias