Com rica história, São Francisco do Conde comemora hoje (30/03) seus 85 anos de emancipação. Conheça a história

História de São Francisco do Conde

Em 1618, por ordem do Conde de Linhares, foi construído no alto de um monte, no Recôncavo Baiano, um convento e uma igreja, onde, mais tarde, surgiria a cidade de São Francisco do Conde, em 1698

O nome homenageia o padroeiro da cidade e o conde Fernão Rodrigues, que herdou o terreno do 3° governador-geral do Brasil, Mem de Sá. A região onde fica a cidade foi conquistada pelo império português através de guerras travadas contra os índios que viviam nas margens dos rios Paraguaçu e Jaguaribe.

No passado, a riqueza da cidade se baseava nas plantações de cana de açúcar que deram início ao desenvolvimento econômico da área.

A diversidade de etnias que ajudou a construir São Francisco do Conde culturalmente está presente no cotidiano da cidade. As palmeiras imperiais, símbolo da administração portuguesa, estão por toda parte, as construções coloniais são majestosas e conservam a memória da região. Os Tupinambás e os Caetés Negros deixaram de legado, entre outras coisas, uma rica gastronomia. O mingau de farinha de milho, a tapioca e o preparo do peixe assado na folha de bananeira são exemplos dessa herança.

No Município nasceu também Mário Augusto Teixeira de Freitas, idealizador e fundador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Formação Administrativa:

Elevado à categoria de vila com a denominação de São Francisco da Barra de Sergipe do Conde, em 27-11-1697. Instalada em 16-02-1698.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila aparece constituída de 5 distritos: São Francisco da Barra do Sergipe do Conde, Boqueirão, Cabeceiras do Passe, Monte do Recôncavo, Socorro do Recôncavo.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, a vila aparece constituída de 6 distritos: São Francisco da Barra do Sergipe do Conde, São Gonçalo, Madre de Deus do Boqueirão (ex-Boqueirão), Nossa Senhora do Monte (ex-Monte do Recôncavo), Nossa Senhora do Socorro (ex- Socorro do Recôncavo), São Sebastião das Cabeceiras do Passe (ex-Cabeceiras do Passe).

Pelos decretos estaduais nºs 7455, de 23-06-1931 e 7479, de 08-07-1931, o município tomou a denominação de São Francisco. Por este ultimo decreto São Francisco (ex-São Francisco da Barra de Sergipe do Conde), adquiriu o extinto território do extinto município de São Sebastião. como simples distrito.

Pelo decreto estadual nº 7600, de 11-09-1931, desmembra do município de São Francisco o distrito de São Sebastião. Elevado à categoria de município.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 4 distritos: São Francisco, Bom Jesus, Madre de Deus do Boqueirão e Socorro do Recôncavo (ex-Nossa Senhora do Socorro).

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 5 distritos: São Francisco, São Gonçalo (ex-São Francisco), Bom Jesus, Madre de Deus do Boqueirão, Monte Recôncavo e Santo Estevão.

Pelo decreto-lei estadual nº 10724, de 30-03-1938, o distrito de São Gonçalo voltou a denominar-se São Francisco.

Pelo decreto estadual nº 11089, de 30-11-1938, São Francisco adquiriu do município São Sebastião o distrito de Colônia. Pelo mesmo decreto os distritos de Bom Jesus e Santo Estevão tomaram a denominação, respectivamente de Senhor dos Passo e Socorro.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: São Francisco, Colônia, Madre de Deus, Monte Recôncavo, Senhor dos Passos (ex-Bom Jesus) e Socorro (ex-Santo Estevão).

Pelo decreto estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, de 01-06-1944, o município de São Francisco passou a denominar-se São Francisco do Conde. Os distritos de Colônia, Madre de Deus e Socorro, passaram a chamar-se, respectivamente, Santa Eliza, Suape e Mataripe.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 6 distritos: São Francisco do Conde (ex-São Francisco), Mataripe (ex-Socorro) Monte Recôncavo, Santa Eliza ex-(Colônia), Senhor dos Passos e Suape (ex-Madre de Deus).

Pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, de 02-08-1947, os distritos de Senhor dos Passos e Suape foram transferidos para o município de Salvador como subdistritos, com os nomes, respectivamente de Bom Jesus e Madre de Deus.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: São Francisco do Conde, Mataripe, Monte Recôncavo e Santa Eliza.

Pela lei estadual nº 628, de 30-12-1953, o distrito de Santa Eliza foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de São Francisco do Conde.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: São Francisco do Conde, Mataripe e Monte Recôncavo.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas municipais

São Francisco da Barra de Sergipe do Conde para São Francisco, alterado pelos decretos estaduais nºs 7455, de 23-06-1931 e 7479, de 08-07-1931.

São Francisco para São Francisco do Conde, alterado pelo decreto estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, de 01-06-1944.

Belezas Naturais

Entre ilhas e manguezais, costa litorânea e Mata Atlântica, São Francisco do Conde encanta pela exuberância natural.

Dois pontos de embarque servem de ponto de partida para qualquer roteiro náutico nos passeios de barco que descortinam os encantos da região: o píer, na orla urbana, e Santo Estevão, um povoado de pescadores a 32 quilômetros do centro da cidade.

Aproveite para conhecer as ilhas do município – Cajaíba, Fontes, Pati – e descer até a foz do Rio Sergi ou do Rio Subaé, desfrutando dos belos cenários esculpidos pela natureza.

A história do Brasil Colônia também está presente em São Francisco do Conde, tanto na arquitetura quanto nos hábitos de seu povo.

HISTÓRICO DA CRIAÇÃO DO IMPERIAL ESCOLA AGRICOLA DA BAHIA

A Imperial Escola Agrícola da Bahia, criada por meio do decreto nº 5.957, de 23/06/1875, foi conseqüência de uma política iniciada em 1859 pelo Imperador D. Pedro II que, em viagem ao nordeste do país, decidiu criar alguns Imperiais Institutos de Agricultura. D. Pedro II tinha o intuito de solucionar problemas de mão-de-obra, capital e atraso tecnológico no que se referia à produção agrícola brasileira, que se via em crise em virtude da retração do mercado internacional e da conseqüente diminuição do preço pago pelo açúcar nacional

O Imperial Instituto Bahiano de Agricultura, instituição que precedeu e possibilitou o surgimento da Imperial Escola Agrícola da Bahia em 1875, foi criado em 1859 junto a outros Imperiais Institutos de Agricultura como o Instituto de Agricultura Sergipano (decreto nº 2.521 de 20/01/1860), o Instituto Pernambucano de Agricultura (decreto nº 2.516 de 22/12/1859), o Instituto Fluminense de Agricultura (decreto nº 2607 de 30/06/1860) e o Instituto Rio-Grandense de Agricultura (decreto nº 2816 de 14/08/1861), somando-se às diversas experiências modernizadoras realizadas no país.

O decreto 2.500-A, de 01/11/1859, criava o Imperial Instituto Bahiano de Agricultura com as seguintes palavras de D. Pedro II:

“Desejando assinalar a época de Minha Visita a esta Província com uma nova demonstração de constante atenção, que presto à Agricultura, como a principal fonte de riqueza do Estado; Hei por bem criar uma Associação com o título de Imperial Instituto Bahiano de Agricultura, a qual se regulará por Estatutos organizados segundo as bases, que com este baixam, assinadas por João de Almeida Pereira Filho, do Meu Conselho, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império, que assim o tenha entendido e faça executar. Palácio na cidade de S. Salvador da Bahia de Todos os Santos, em o primeiro de novembro de mil oitocentos e cinqüenta e nove, trigésimo oitavo da Independência e do Império.” (BRASIL,1859)

Fonte:BAHIA NOTÍCIA

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