A troca de etiquetas de bagagem que mandou duas brasileiras para a cadeia, na Alemanha; CRONOLOGIA
Duas brasileiras embarcam para uma viagem de férias e acabam presas, na Alemanha, por tráfico internacional de drogas. Elas alegam inocência.
Tudo começou com uma ação quase imperceptível; entenda:
No último dia no Brasil, Jeanne e Kátyna embarcaram em Goiânia, com destino a São Paulo, chegaram antes do almoço e o voo para a Alemanha, no aeroporto internacional de São Paulo sairia só às 23h.
A primeira mala a chegar à área restrita foi a de Kátyna. Ela fica parada entre as outras.
Depois, vem a da Jeanne.
O funcionário Eduardo dos Santos pega a mala rosa, olha a etiqueta e a coloca no chão.
Eduardo sinaliza para Pedro Venâncio, outro funcionário, a chegada da mala.
Pedro confere e tira uma foto.
A mala rosa segue junto com as outras.
Em outra câmera, eles olham a mala de Kátyna.
As duas malas são colocadas uma sobre a outra no container.
Pedro tira a etiqueta da mala da Jeanne e coloca outra etiqueta na mala dela.
A etiqueta que era de Jeanne é uma que ele leva pra fora do ângulo de visão da câmera.
Depois de falar ao telefone, o funcionário volta e tira também a etiqueta da mala preta – da Kátyna, que está embaixo.
Na sequência, ele tira de novo todas as malas do container.
Enquanto isso, lá na entrada do aeroporto.
Duas mulheres, ainda não identificadas pela polícia, chegam com duas malas. Segundo a polícia, elas estão recheadas de cocaína.
No saguão, uma delas se comunica pelo celular
Imediatamente, a funcionária de uma companhia aérea que está sentada em um dos guichês ao lado, se levanta e faz um sinal com a cabeça.
As duas supostas passageiras seguem até ela.
Detalhe importante: segundo a polícia, naquele momento, aqueles guichês não estavam abertos para check-in de nenhum voo.
Ninguém apresenta documentação ou pega tíquete de embarque.
Até porque as duas falsas passageiras deixam o aeroporto três minutos depois.
As malas com cocaína seguem pela esteira.
Os integrantes da quadrilha começam a se movimentar para encontrar as malas com drogas, e as levam pra área onde já estão as outras.
Segundo a polícia, essas bagagens não poderiam sair da área de embarque doméstico para a internacional livremente pela pista. Os criminosos fazem isso para escapar do raioX.
As malas de Kátyna, de Jeanne e as outras vão para o mesmo container onde estão as malas com drogas.
E elas seguem para o avião que vai para a Alemanha.
De acordo com a polícia, as etiquetas com os nomes de Kátyna e Jeanne são colocadas nas malas com drogas atrás dessa de uma pilastra, um ponto cego da câmera
.
que dizem os citados:
A concessionária que administra o aeroporto disse que o manuseio das bagagens é de responsabilidade das empresas aéreas. E que, quando ocorre um incidente, se reúne com autoridades para discutir melhorias nos protocolos de segurança.
A Latam, empresa pela qual Kátyna e Jeanne viajaram, disse apenas que colabora com a investigação e que está em contato com familiares das brasileiras presas.
A defesa de Eduardo dos Santos, um dos presos esta semana, informou que ele não faz parte de qualquer esquema criminoso.
O Fantástico entrou em contato com a família de Pedro Venâncio, que não retornou ligação nem indicou o advogado dele.
A Orbital, empresa que emprega os dois, informa que verifica os antecedentes criminais dos funcionários antes das contratações e que o tráfico de drogas é um problema de segurança pública.
Ao Fantástico, a polícia alemã disse que não estava autorizada a dar informações sobre casos individuais.
O consulado brasileiro em Frankfurt está prestando assistência às famílias.fonte:g1
encontrar as malas com drogas, e as levam pra área onde já estão as outras.
Segundo a polícia, essas bagagens não poderiam sair da área de embarque doméstico para a internacional livremente pela pista. Os criminosos fazem isso para escapar do raioX.
As malas de Kátyna, de Jeanne e as outras vão para o mesmo container onde estão as malas com drogas.
E elas seguem para o avião que vai para a Alemanha.
De acordo com a polícia, as etiquetas com os nomes de Kátyna e Jeanne são colocadas nas malas com drogas atrás dessa de uma pilastra, um ponto cego da câmera
Fonte:g1