Carinhoso, responsável e amava viver’: saiba quem era o estudante que passou em 1º lugar para jornalismo na UFG e foi encontrado morto por colegas
Carinhoso, responsável e uma pessoa que amava viver. É assim que Brendon da Silva Santos, estudante de jornalismo da Universidade Federal de Goiás (UFG) que foi encontrado morto por amigos, é descrito pela mãe, Erenice Silvania. Aos 18 anos, o jovem, que tinha diabetes tipo 1, havia passado em 1º lugar no curso de graduação e tinha começado a frequentar as aulas no dia 17 de abril.
“Ele era bastante tranquilo, calmo, carinhoso ao extremo com quem amava. Gostava muito de ajudar ao próximo e queria viver tudo o que tinha direito”, descreveu a mãe.
Brendon nasceu em Pires do Rio, no sudeste de Goiás, no dia 7 de setembro de 2004. Ao g1, Erenice contou sobre a proximidade da relação que Brendon tinha com ela e com o irmão, de apenas dois anos.
“Era meu companheiro. Ele tinha um irmão de dois anos, que tinha síndrome de down e era o amor da vida dele”, contou.
Segundo Erenice, o filho estava em um momento feliz da vida dele, uma vez que o menino havia acabado de entrar na faculdade da profissão em que sonhava seguir. Ela conta que o filho escolheu o jornalismo como profissão pela paixão pela escrita e revelou que o jovem já escreveu três livros completos, estando escrevendo o quarto, e que um de seus grandes sonhos era algum dia publicá-los.
acordo com Erenice, como a família é do interior goiano, o filho morava sozinho há apenas alguns dias para estudar na capital.
“Ele era um aluno muito dedicado, comportado. Estava apenas estudando e morava próximo à faculdade”, diz a mãe.
Recém-aprovado na faculdade, Brendon se formou no Ensino Médio em 2022 e logo foi aprovado no curso e na universidade em que desejava estudar. Muito orgulhosa, a mãe conta que sempre incentivava o filho a todos os planos, desejos e sonhos que ele tinha. Na última conversa que tiveram, Erenice se lembra que ela e o filho conversaram sobre como ele faria para emitir um passaporte para realizar o sonho de conseguir viajar para fora do país.
última vez em que Erenice viu o filho foi no último fim de semana antes da morte dele, quando esteve em Goiânia e ficou três dias junto com o filho. Na ocasião, ele estava empolgado e “queria mostrar tudo para ela”, desde o prédio em que ele estudava até os “macaquinhos da UFG”.
Apaixonado por comunicação, a mãe conta que Brendon já estava empolgado para conseguir um emprego na área e conseguir experiência em todas as áreas possíveis.
“Ele queria começar a trabalhar em rádio, mas queria experiência em todos os setores do jornalismo”, contou Erenice.
A mãe ainda conta que, além da escrita, o filho tinha outros talentos, como o desenho e o gosto pelo esporte. Ela lembra que, quando criança, o menino fazia gibis para vender na escola. Já na faculdade, logo de cara ele se inscreveu para o time de vôlei.
Corpo encontrado em quarto
A PM informou que Brendon foi encontrado em cima da cama e que ele fazia uso de medicamentos para controlar os problemas de saúde. Segundo a família, o jovem foi sepultado na tarde de quinta-feira (4), em Pires do Rio.
mãe, Erenice Silvania, contou que conversou com o filho na quarta-feira, depois que ele voltou da aula, mas que depois não teve mais notícias dele.
“A tarde ele já não visualizou, eu achei que ele estava dormindo. Quinta ele não atendia. Eu fui atrás da universidade e de amigos dele. Consegui uma amiga dele que morava mais perto e um colega dele pulou o muro e o encontrou”, descreveu a mãe.
Segundo Erenice, uma colega de Brendon relatou que o jovem havia reclamado sobre estar passando mal na quarta-feira pela manhã, durante a aula. No entanto, ela disse que, apesar de ser próxima a ele, que ele não havia contado a ela sobre estar passando mal.
“Ele não gostava de me incomodar e acho que para não me preocupar, não me contou. Ele costuma desmaiar e quando isso acontece, precisa ir para o hospital. Se eu soubesse que ele estava passando mal, tinha vindo na hora”, lamentou Erenice.
Fonte:g1