Ela precisou morrer para que Marcius fosse preso’, lamenta advogada de Aline, assassinada por ex em Bangu

feminicídio de Aline da Silva de Oliveira, de 41 anos, na tarde de sexta-feira, em Bangu, poderia ter acontecido em 2022, 2021 ou 2020, quando as brigas constantes com o ex-marido Marcius dos Reis Resener de Oliveira passaram a ganhar proporção. De acordo com Michele Monsores, advogada de Aline, a vítima foi agredida diversas vezes no passado. Além de estuprada, mantida em cárcere privado e afastada do filho por quase dois anos, ela sofria ameaças constantes de Marcius. Duas medidas protetivas chegaram a ser pedidas na 2ª Vara de Violência Doméstica, mas foram negadas por “falta de materialidade” (falta de provas).

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Em relato, a advogada narra parte das violências sofridas por Aline, a busca dela por assistência em delegacias e na Justiça, além da saga à procura do filho, sequestrado em outubro de 2021 pelo ex-marido. A mãe só encontrou a criança em fevereiro deste ano, quando a Polícia Militar de Brasília identificou o acusado.

— A Aline buscou proteção em delegacias da mulher, foi à Justiça. É uma pena que ela tenha precisado morrer para que o Marcius fosse preso. Talvez, se isso não tivesse acontecido, ele nunca teria sido preso. Tentamos diversas vezes em vão. Por fim, Aline aguardava em Deus que nada de mau a acontecesse — lamenta Michele.

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Aline é mãe de três filhos. Apenas o mais novo era filho de Marcius. Ela foi morta, na sexta-feira, ao buscar a criança na escola. Após assassiná-la, o ex-marido fugiu com o menino, mas foi preso em flagrante e levado para a 34ª DP, em Bangu

cartazes de crianças desaparecidas. Só depois de 1 ano e 4 meses ela pôde reencontrar o filho. Com os novos acontecimentos, a Justiça concedeu, em fevereiro deste ano, guarda unilateral à Aline e medidas cautelares contra Marcius. Desde então, ele teria passado a ameaçar a ex-mulher, matando-a na sexta-feira.

Questionados sobre a recusa das medidas protetivas, a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não responderam até a publicação desta reportagem

Fonte: O GLOBO

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