Padres são investigados por pedofilia na Bolívia; veja o que sabe sobre o caso

Há mais casos de abusos?

O ex-padre jesuíta Pedro Lima disse, na sexta-feira passada, que os abusos sexuais foram cometidos não só contra menores, mas também contra jesuítas em formação.

Lima disse que foi expulso da Companhia de Jesus em 2001 por denunciar abusos dentro da ordem, e recentemente voltou do Paraguai para a Bolívia para se juntar às denúncias no caso Pedrajas.

Segundo o antigo clérigo, “entre as vítimas estão ex-jesuítas que foram formados por esta pessoa. Em suma: não só abusou de estudantes, mas também de jesuítas em formação”.

A assessora jurídica da Conferência Episcopal Boliviana, Susana Inch, afirmou que desde 2019, quando foi aberta uma comissão interna para investigar os casos, foram recebidas 12 denúncias contra padres.

Segundo uma investigação do jornal boliviano “Página Siete”, são mais de 170 vítimas.

Na semana passada, o padre Milton Murillo foi preso acusado de suspeita de estupro, enquanto o padre Garvin Grech fugiu para a Argentina devido a acusações semelhantes.

Após o turbilhão de casos, o presidente esquerdista Luis Arce enviou uma carta ao Papa Francisco na noite desta segunda-feira para ter acesso a todos os processos e expedientes sobre pedofilia na Bolívia.

Além disso, disse que seu país se reserva o direito de receber padres caso tenham reclamações, e que seu governo buscará firmar um novo acordo de relacionamento com o Vaticano.

Qual é a posição da Igreja?

Poucos dias depois das revelações sobre o diário de Pedrajas, a Conferência Episcopal Boliviana expressou seu pesar.

“Como Igreja condenamos essas ações, nos solidarizamos com as vítimas que sofreram atos de abuso sexual, pedimos perdão”, disse ele em um comunicado.

A Companhia de Jesus também já indicou que colocará à disposição da Justiça todos os casos de seu conhecimento.

Igreja boliviana confirmou a visita do sacerdote espanhol Jordi Bertomeu, enviado do Vaticano, para tratar da questão dos abusos sexuais no país.

Fonte:g1

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