Perdendo as esperanças’, diz mãe de menina que morreu após ser atropelada na BA; caso completou um ano e ninguém foi preso

Eu já estou perdendo as esperanças, é muita humilhação. Eu perdi a minha filha de uma forma cruel, o condutor fugiu e está por isso mesmo”, desabafou Valdenice Rastele, mãe de Eloá Rastele de Oliveira, menina de 11 anos que morreu após ser atropelada por um carro em Salvador em 2022.

Na segunda-feira (19), o acidente que aconteceu na Avenida Mario Leal Ferreira, conhecida como Bonocô, completou um ano. Segundo a Polícia Civil, o inquérito foi concluído e enviado para a Justiça. O suspeito segue em liberdade.

No dia do acidente, Eloá saiu do culto com os amigos e todos foram em direção a uma quadra de futebol que fica no canteiro central da Bonocô. Ela foi atingida por um carro e o motorista não prestou socorro. Segundo testemunhas, o veículo estava em alta velocidade, informação que não foi confirmada pela polícia.

A mãe da menina afirmou que, ao longo dos últimos meses, recebeu a informação que o motorista não fez o exame toxicológico após o acidente, o que teria dificultado os próximos passos do processo.

g1 questionou a Polícia Civil sobre o exame, mas a corporação afirmou que não dispõe da informação. O g1 ainda pediu mais informações sobre o processo para a Justiça e aguarda resposta.

Ainda segundo Valdenice Rastele, ela e o marido foram ouvidos após o acidente. Depois disso, eles não tiveram muitas respostas sobre o caso, apesar de irem até a delegacia com frequência.

“É um ‘jogo de empurra’ que está me deixando muito aborrecida e triste, porque não posso deixar a morte da minha filha impune”.

“Se eu não tivesse tanta fé em Deus, já estaria morta ou depressiva porque a vontade é de desistir de tudo”, afirmou Valdenice Rastele.

Motorista se apresentou em delegacia

O motorista que dirigia o veículo que atropelou e matou Eloá se apresentou na 6ª Delegacia Territorial, no bairro de Brotas, três dias após o acidente. Ele foi ouvido e liberado por não ter sido preso em flagrante, nem possuir antecedentes criminais.

Na ocasião, a corporação não deu detalhes sobre o depoimento do homem, que não teve o nome divulgado. Ele responde em liberdade por homicídio culposo no trânsito e omissão de socorro.

Fonte:g1

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