Depois de enfrentar ondas de calor, cidades baianas têm explosão de casos de dengue

 

dez cidades baianas com maiores índices de casos dengue enfrentaram pelo menos uma das seis ondas de calor no ano passado. No topo da lista estão as cidades de Piripá, Jacaraci e Bonito – todas localizadas no centro-sul do estado. A relação entre as altas temperaturas e a explosão de casos de dengue não é por acaso. O calor intensifica a proliferação do aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus.

“A alta incidência de casos é decorrente da mudança climática. As altas temperaturas, combinadas com chuvas intensas e umidade fazem com que os mosquitos se multipliquem”, explica o virologista Gubio Soares. Depois de depositados, os ovos do mosquito podem permanecer inativos por até um ano até entrar em contato com a água. Por isso, o combate à doença passa pela necessidade de eliminar os focos de água parada.

Ao menos seis ondas de calor foram responsáveis pelo aumento das temperaturas na Bahia durante o ano passado. As máximas chegaram a ultrapassar 40°C em alguns locais. As dez cidades que enfrentam surto da doença depois das ondas de calor são: Piriá, Jacaraci, Bonito, Morro do Chapéu, Encruzilhada, Novo Horizonte, Ibitiara, Botuporã, Macaúbas e Ibicoara.

Todos os municípios citados possuem mais de 100 casos a cada 100 mil habitantes e estão em situação de epidemia. No sábado (17), integrantes do Governo do Estado, Conselho Estadual de Saúde (CES) e Ministério Público se reuniram com a ministra da Saúde Nísia Trindade para traçar estratégias no combate ao avanço da doença na Bahia.

“Foi instalado um Comitê de Combate à Dengue e um plano de contingência. Precisamos de ações de combate ao mosquito para que o estado não chegue a mesma situação que outros estados estão enfrentando”, afirma Marcos Sampaio, presidente do conselho.

Acre, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais decretaram estado de emergência por conta do aumento expressivo dos casos de dengue. Até a sexta-feira (16), o Ministério da Saúde já havia contabilizado 555.583 casos prováveis da doença e 94 mortes.
Fonte:CORREIO

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