Audiência que trata de torres na praia do Buracão termina em bate-boca

 

Em meio à audiência pública para discutir o projeto que pode barrar a construção de três torres de 18 andares na praia do Buracão, no bairro do Rio Vermelho, um dos populares presentes chamou o vereador Sidninho (Podemos), presidente da Comissão de Planejamento e Meio Ambiente da Camâra Municipal, de “covarde”.

Durante a ocasião, as filhas do parlamentar também foram citadas por outro presente na Casa Legislativa ao afirmarem que elas “sentiriam vergonha dele”. A situação ocorreu após o Sidninho vetar o manifestante de ter fala durante a audiência.

A audiência teve início às 9h e contou com a presença de representantes da associação de moradores e do grupo SOS Buracão, além dos vereadores Sidninho (Podemos), Marta Rodrigues (PT), Randerson (PDT) e Silvio Humberto (PSB).

Como foi a audiência

O projeto discutido durante a audiência é de autoria de Carlos Muniz (PSDB) e dispõe sobre a desapropriação dos três imóveis localizados na áres em que há a pretensão de construir os prédios. Caso o projeto do vereador seja aprovado, as áreas serão utilizadas para a construção de um estacionamento e uma praça, o que inviabilizaria as torres da construtora OR.

O vereador Sidninho aproveitou a reunião com os presentes para apontar que o caso que envolve a praia do Buracão não se correlaciona com o projeto de desafetação que permite a venda de terrenos, inclusive de áreas verdes, em Salvador. “Esses terrenos não tem nada a ver com o processo de desafetação, que já foi bastante debatido na Casa para pudéssemos chegar a um denominador comum. Ele é necessário para captar recursos para investir tanto no municipio como no Estado. É um processo com inicio meio e fim e cabe à prefeitura estar entrando com os processos de leilão”.

Um dos integrantes do Movimento SOS Buracão, Daniel Passos, afirmou que o objetivo da participação é entender como é o projeto, para poder tomar “as devidas providências”. Segundo ele o que importa é poder ter acesso ao PLE 318/2023.

Quem também se manifestou foi Silvio Humberto, ao afirmar que o desenvolvimento na cidade não é uma escolha técnica, mas política. “Essa administração está escolhendo crescer a onda de concreto na nossa cidade. Há de se perguntar para que serve ter uma Secretaria de Resiliência que na prática é antagônica [com a visão de sustentabilidade]. Sinto que Salvador anda a passos largos para se transformar em uma cidade inviável do ponto de vista ambiental”.

Ao final da audiência, Sidninho ainda manifestou que uma visita à praia será agendada com a presença da vereadora Marta Rodrigues, a SOS Buracão e moradores da região.
Fonte:METRO1

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