Polícia investiga morte de quilombola arrastada por veículo na Bahia

 

Polícia Civil investiga a morte de uma mulher quilombola, que foi atropelada e arrastada por um carro, na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. Nesta quinta-feira (21), a família de Elissandra Reis protestou e pediu Justiça – isso porque o suspeito foi indiciado por homicídio culposo, mas não foi preso.


crime aconteceu no dia 17 de março. A vítima foi atingida pelo veículo quando estava no Quilombo de Cordoaria, situado no bairro de Vila de Abrantes. Informações obtidas pela TV Bahia indicam que o caso ocorreu entre 20h30 e 21h daquela noite. Elissandra foi atropelada enquanto seguia em direção a uma festa.

motorista teria parado o carro, dado ré no veículo e atropelado a mulher, que ficou presa e foi arrastada por cerca de 1 km. De acordo com a reportagem, o condutor foi avisado que a mulher estava embaixo do carro, tirou a chave da ignição e deixou o local.

Elissandra chegou a ser socorrida para o Hospital Geral de Camaçari (HGC), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de segunda (18). Bueca, como era mais conhecida, deixou quatro filhos — três deles ainda crianças de 10, 9 e 5 anos.
moradores fizeram um protesto contra o acidente na terça (19) e novamente nesta quinta-feira (21). Com cartazes, familiares e amigos pediram por Justiça.

A irmã da vítima, Tamara Santos, cobrou por posicionamentos das autoridades e ressaltou que desconhece qualquer relação prévia entre Elissandra e o suspeito. “Eu espero justiça, que ele pague pelo que fez, [porque] ele vai fazer com outra família”.

A Polícia Civil instaurou inquérito na 26ª Delegacia Territorial (DT/Vila de Abrantes). Até o momento, foram ouvidas testemunhas que presenciaram a ação e também o condutor do veículo.
homem se apresentou acompanhado de um advogado e, como já havia passado o período de flagrante, foi liberado logo após prestar depoimento. Ele foi indiciado por homicídio na direção do veículo. Pelo telefone, ele disse ainda que foi ao local a convite de pessoas que moram na região com a esposa e as filhas.
Fonte: IBAHIA

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