Salvador não conhece Salvador”, afirma Fernando Guerreiro ao falar sobre pontos históricos

 

Salvador atrai anualmente uma grande quantidade de turistas para turismo e visitação, principalmente, no centro da cidade, que é carregado por construções e pontos históricos importantes e mundialmente conhecidos. Entretanto, os moradores da própria capital baiana, não costumam visitar o próprio local. O tema foi discutido pelo presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro, nesta terça-feira (9), em entrevista à Rádio Metropole.

Guerreiro ressaltou que Salvador é uma capital em que as pessoas vivem em “bolhas” e ponderou que o centro da cidade costuma ser mais frequentado por pessoas que moram na região e nos entornos. “Em Salvador, a gente vive muito em bolhas. O centro da cidade ainda é muito pouco frequentado por quem não mora no centro da cidade. Isso se estende no carnaval, para outras festas. Quem mora na Pituba não vai, quem mora no Itaigara não vai. É um apartheid maluco nessa cidade que eu fico impressionado”, disse.

O presidente da FGM também ressaltou o preconceito que as pessoas costumam ter em visitar o local, alegando falta de segurança, mesmo sem nunca terem visitado essa parte da cidade.

“Hoje mesmo uma pessoa me disse ‘Ah, mas é perigoso’. Mas hoje qualquer lugar da cidade é perigoso. Então essa história é preconceito. O centro histórico está policiado. O pelourinho está policiado, então as pessoas podem visitar, tem uma condição de visitar, e é lindo, é fantástico”, ressaltou.

Durante o programa, Fernando ainda relembrou um episódio em que montou uma peça teatral no antigo terminal de trem da cidade, na região do Subúrbio, e que quando convidada as pessoas, muitas nem sabiam da existência do trem na própria cidade.

“Uma vez montei um espetáculo do terminal de trem da calçada e as pessoas me perguntavam ‘Onde é?’, ‘Existe trem em Salvador?’. E esse trem estava funcionando a muitos anos. Salvador não conhece Salvador”, completou.
Fonte:Metro1

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