ICMBIO aprova plano de manejo espeleológico de Grutas turísticas na Chapada Diamantina; saiba o que é
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) publicou no último dia 11, duas portarias de planejamento importantes para a Chapada Diamantina: a Gruta do Lapão, localizada ao norte do município de Lençóis, e a Gruta do Castelo, situada no Vale do Pati, em Mucugê.
As grutas do Lapão e do Castelo são destinos turísticos de grande relevância na Chapada Diamantina. A elaboração de um plano de manejo visa garantir a conservação de suas características ambientais e espeleológicas, conciliando a preservação com o turismo sustentável.
Segundo as portarias, essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo do ICMBio para proteger o patrimônio natural do Brasil. A medida entra em vigor a partir da data de sua publicação no Diário Oficial da União.
O presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires, que assinou as portarias, reforçou a importância de seguir as orientações do plano para garantir a sustentabilidade das atividades espeleológicas na região.
Gruta do Lapão, uma das maiores cavernas em arenito do Brasil, oferece uma experiência única aos exploradores. Sua formação geológica complexa, resultado de milhões de anos de erosão e sedimentação, divide a caverna em diversos setores, cada um com características distintas.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Max Fário, morador da região desde 2003 e atendente de um hotel próximo à Gruta do Lapão, destacou a importância do turismo para a economia local. “Daqui saem os principais passeios para a região. São tantos que é impossível ver tudo de uma vez. Sempre
Para o guia Bruno Helder, em entrevista ao Bahia Notícias, a trilha de 11 km de Lençóis até a Gruta do Lapão não é de grande dificuldade: “Fica perto da minha casa, uns 30 minutinhos. Moro a 6 km de Lençóis. A Gruta do Lapão é formada por quartzo e ferro, por isso não é comum ver no interior formação de estalactites e estalagmites, mas ainda assim ela é repleta de beleza.”
Gisberg Barbosa, moradora de Lençóis há 3 anos, ressalta a importância de contratar guias especializados para explorar a Chapada Diamantina: “É essencial perguntar se a pessoa quer um ponto turístico específico, sempre pergunto. A região é muito rica em rochas e é necessário ter conhecimento para explorá-la com segurança.”
região é muito repleta de um rico solo rochoso, e, para Gilseberg, é necessário sempre contatar a pessoa certa para andar na região. “Gosto de indicar uma guia e bióloga, é uma experiência muito rica andar pelo Parque local”, brinca a moradora local.
Já a Gruta do Castelo, no Vale do Pati, é outro destino popular. Com um salão de 20 por 25 metros e altura de 9 metros, a gruta oferece um visual imponente. No entanto, o acesso é mais desafiador devido ao piso inclinado e às pedras soltas na zona de penumbra. O principal ponto de partida para a trilha é a Vila de Guiné, na costa do Morro do Castelo, a cerca de 10 km da gruta.
Cidades como Andaraí, Itaberaba, Palmeiras, Lençóis, Mucugê e Ibicoara dependem significativamente do turismo. A preservação das atrações naturais, como as grutas, é fundamental para garantir a sustentabilidade econômica e ambiental da região.
Ao longo da trilha de 12 km, são paradas estratégicas para apreciar a vista das montanhas e relaxar em banhos no rio Pati.
Segundo Rafael Vivela, guia local a maioria do percurso é tranquila, com trechos em pedras que exigem um pouco mais de atenção. É importante lembrar que a trilha pode ficar escorregadia em dias de chuva, por isso, redobre a cautela em todos os momentos. Contudo, a trilha exige um preparo físico adequado e tempo disponível para desfrutar plenamente da experiência
Gruta do Castelo, no Vale do Pati, por exemplo, recebe centenas de turistas anualmente, atraídos pela beleza da região. Formada por um salão de 20 por 25 metros e altura de 9 metros, a gruta abriga a chamada ‘Entrada do Rei’.
O piso da gruta é inclinado e a presença de muitas pedras soltas e instáveis na zona de penumbra tornam o acesso mais desafiador. O principal ponto de partida para a trilha é a Vila de Guiné, na costa do Morro do Castelo, a cerca de 10 km da gruta.
Para o guia Bruno Helder, acidentes nesses locais são bem difíceis: “Não, nunca ocorreu, o que mais acontece é a galera que vai por aplicativo de localização, e como na gruta não pega sinal de satélite, e por ser muito escuro, a galera acaba se perdendo”, alerta o morador de Barro Branco.
De uma forma ou outra, a Chapada Diamantina, com suas grutas fascinantes como a do Lapão e do Castelo, convida os visitantes a uma aventura inesquecível. Com um manejo adequado nesses pontos turísticos, os moradores podem garantir a sustentabilidade de suas atividades, contribuindo para a preservação do patrimônio natural e o desenvolvimento da região.
Fonte: BAHIA NOTÍCIA