Após interdição, Igreja e Convento de São Francisco pode ter novo desabamento nas próximas chuvas

 

 

Igreja e Convento de São Francisco – Ordem Primeira sofre risco de ter um novo desabamento, no Centro Histórico de Salvador. Isso, por conta do colapso existente no local e das fortes chuvas que chegam no mês de maio na capital baiana, conforme revelou à reportagem do Bahia Notícias, o vigário do espaço sagrado, Frei Lorrane Clementino.

Segundo explicou o religioso ao BN, há um risco que não é alarmante, mas é eminente no templo religioso. De acordo com o vigário, por conta do risco e após a interdição realizada no local após o desabamento de parte do forro do teto em fevereiro deste ano, que ocasionou a morte da turista Giulia Panchoni Righetto.

Existe um risco eminente. Não é alarmante no sentido de que a qualquer momento vai desabar. Mas é que de fato existe um risco e que para evitar possíveis danos a gente saiu, fomos deslocados do Convento indo para outro espaço, que a avaliação dos engenheiros é mais segura, para preservar a nossa vida. A outra questão é que não há previsão de restauro .Quando se fala Igreja e Convento de São Francisco, não é somente aquela igreja de ouro, mas todo esse complexo que é mais de 215 mil metros quadrados. Tem quatro pisos, de madeira histórico e antigo. Então, é um complexo gigante que, de fato, estamos aí sem nenhuma solução”, indicou.

O franciscano comentou ainda que após a interdição, engenheiros, arquitetos, professores e profissionais da UFBA, de forma voluntária, vistoriaram o local e apontaram a possibilidade de um outro desabamento. O telhado seria a parte mais crítica. O alerta chegaria justamente por conta do risco de colapso.

telhado tem pontos que precisam ser refeitos, vistoriados para poder não ter um colapso, porque agora mesmo quando está chovendo tem muitos lugares que caem. As calhas já não suportam o volume de água. […]”, revelou.

acordo com o sacerdote, por conta da interdição em decorrência do desabamento, ele e outros religiosos do Convento precisaram sair do espaço onde moravam, para uma área localizada no subsolo do Complexo da igreja.

Nós temos duas semanas que estamos na parte inferior do convento, que é um lugar mais reservado, é como se fosse o subsolo. Essa parte não tem risco, pois acima tem toda uma estrutura que pode sustentar, Nós estávamos no último piso”, afirmou.

O frei apontou também que uma parte dos funcionários foi demitida por conta da falta de projeção de revitalização e retomada das atividades da igreja.

Já demitimos metade dos funcionários. Éramos 17, hoje somos menos de 10 funcionários. Então tivemos que fazer cortes de gastos justamente, de funcionários, até porque se a igreja não funciona também não tem como manter funcionários. Estamos nos mantendo através de doações”, completou.

Frei Lorrane disse ainda que doações de alimentos entre outros itens podem ser entregues no próprio templo religioso

Fonte BAHIA NOTÍCIAS

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